Temperos que fazem mal à saúde

Nas últimas décadas, a alimentação mundial vem sofrendo algumas mudanças. Uma das principais é a substituição de alimentos in natura por alimentos processados. Entre eles estão os temperos industrializados, também chamados de “temperos prontos”, ocasionando a baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos.

Os temperos industrializados são os caldos em cubos/tabletes de carne, de galinha, de legumes, tempero pronto para o arroz, para o feijão, para as sopas, realçadores de sabor, entre outros.

As pessoas que estão habituadas com o uso destes temperos normalmente se tornam dependentes, pois o paladar se acostuma com o sabor, no entanto, esse não é um bom hábito para a saúde.

Acompanhe o texto e entenda o porque…

Composição dos temperos industrializados

Alta quantidade de sódio

A média da quantidade de sódio em um tablete ou 1 colher de chá dos temperos prontos é de 1,5 gramas (sendo que alguns ultrapassam 2 gramas). Isso significa, no mínimo, 75% da recomendação de sal por dia para uma pessoa, sendo que o limite é de 2 gramas de sódio por dia, o que representa 5 gramas de sal (cloreto de sódio).

O excesso de sódio aumenta a pressão arterial e pode aumentar o risco de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, afetando negativamente o funcionamento renal e neurológico.

Corantes artificiais

Os corantes artificiais, presentes em grande quantidade nos temperos prontos, estão associados principalmente ao surgimento de alergias alimentares e hiperatividade, especialmente em crianças.

Alguns corantes artificiais, como a eritrosina e a tartrazina, também apresentam potencial carcinogênico, ou seja, contribuem para a incidência de câncer.

Assim como os corantes do grupo Azo (amarelo tartrazina, amarelo crepúsculo e vermelho), que também possuem possíveis efeitos mutagênicos e carcinogênicos.

Glutamato monossódico

O glutamato monossódico é um realçador de sabor que começou a ser comercializado mundialmente no início de 1900 pela indústria japonesa.

O seu consumo contínuo pode causar déficit de atenção e danos cerebrais, pois a excitotoxina (aminoácido presente nesse produto) é excitante de células nervosas o que leva à doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson.

Além de alergias cutâneas até náuseas, vômitos, dores de cabeça, asma, taquicardia, tonturas, hipertensão arterial e até mesmo depressão.

Além do mais, quando consumido em excesso, possui relação com disfunção sexual, algumas doenças crônicas como a obesidade e o diabetes mellitus, além de distúrbios de comportamento, autismo e transtorno de déficit de atenção e déficit de desenvolvimento.

O glutamato monossódico não está presente somente nos tabletes de temperos industrializados, mas também em sopas de pacotinhos, embutidos, refeições congeladas, batatas congeladas, salgadinhos de pacote e algumas bolachas recheadas.

Antioxidantes

São compostos que previnem a deterioração dos alimentos por mecanismos oxidativos.

A oxidação envolve a adição de um átomo de oxigênio ou a remoção de um átomo de hidrogênio das moléculas que constituem os alimentos.

Os mais usados são ácido benzoico, nitratos e nitritos.

Podem causar alergia, distúrbios gastrointestinais, dermatite, aumento de mutações genéticas, hipersensibilidade, câncer gástrico e do esôfago.

Espessantes ou estabilizantes

A principal função é aumentar a viscosidade do produto final, bem como estabilizar emulsões.

A formação e a estabilização de espuma em vários produtos também são efeitos desses aditivos. Podem provocar irritação da mucosa intestinal e ação laxante.

Umectante

Responsáveis por manter o alimento úmido e macio, podem causar distúrbios gastrointestinais e da circulação pulmonar.

Acidulantes

Aumentam a acidez ou simplesmente dão ou intensificam o sabor ácido. Pode ajudar na conservação, por atenuar o aparecimento de certos microorganismos ao aumentar o pH do meio.

Quando usados demasiadamente podem provocar cirrose hepática, descalcificação dos dentes e dos ossos.

Flavorizantes

São responsáveis por dar ao produto industrializado sabor característico ao in natura. Podem causar câncer e alergias.

Gordura trans

É a gordura vegetal transformada em gordura sólida, também conhecida como gordura hidrogenada.

É usada para dar crocância e consistência aos produtos industrializados.

Pode causar obesidade, câncer de mama e doenças cardiovasculares em decorrência do aumento do colesterol ruim e da diminuição do colesterol bom.

É importante sempre ler rótulo dos produtos alimentícios

Para conhecer de verdade o que está consumindo, é importante sempre ler a informação nutricional e a lista de ingredientes dos produtos industrializados.

Escolha sempre os produtos mais “simples”, ou seja, aqueles elaborados com o menor número de ingredientes. Ainda, os ingredientes presentes devem ser do seu conhecimento, e devem fazer parte da sua própria cozinha, assim, você evita o consumo exagerado de aditivos e conservantes.

Substituir os temperos industrializados pelos temperos naturais

De modo geral, a indústria alimentícia utiliza de aditivos com a finalidade de conservar, acentuar sabores, evitar oxidações (rancificação de gorduras ou escurecimento de frutas/sucos) ou mesmo colorir alimentos.

Sendo assim, quanto maior a quantidade e a frequência de consumo de alimentos ultraprocessados como os temperos industrializados, consequentemente maior será a ingesta de aditivos químicos alimentares.

O que acaba se tornando um grande problema, por apresentarem efeito acumulativo no organismo ao longo do tempo.

O uso dos temperos industrializados fazem muito mal à saúde, ainda mais que são usados quase que diariamente para temperar o arroz, o feijão, a carne, os legumes, a salada…

O ideal é substituir esses temperos pelos temperos naturais como as ervas e as especiarias frescas.

Ótimas opções são:

  • alho
  • cebola
  • salsinha
  • cebolinha
  • orégano
  • manjericão
  • coentro
  • alecrim
  • louro
  • sálvia
  • gengibre
  • hortelã
  • açafrão
  • pimentas

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Referências:

  1. POLÔNIO, M. L. T.; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 (8): 1653-1666, ago, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n8/02.pdf
  2. CONTE, F. A. Efeitos do consumo de aditivos químicos alimentares na saúde humana. Rev. Espaço Acadêmcio, n. 181, jun, 2016. Disponível em: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/viewFile/30642/16770

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