7 maravilhosos benefícios da farinha de coco

Os benefícios da farinha de coco são diversos, sendo caracterizada como um alimento funcional.

Como muitos outros alimentos que entraram na moda, é importante saber quais são as reais informações de qualidade atribuídas a esse produto.

Nessa lista você vai encontrar 7 benefícios incríveis, e reais! Confira!

1. Contribui para a perda de peso

A farinha de coco, por ofertar um grande teor de fibras, possui a capacidade de retardar o esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal, aumentando a saciedade e, consequentemente, promovendo a redução da ingestão alimentar. Dessa forma, a fibra alimentar é uma ótima aliada na redução de peso, pois ao acrescentá-la em nossa dieta, diminui-se consideravelmente a ingestão calórica, ocasionando em perda ponderal significativa.

Porém, saber adequar a quantidade de farinha de coco consumida para atingir esse benefício é muito importante, uma vez que se trata de um alimento calórico, portanto não deve ser ingerido em excesso. O ideal é acrescentá-la em receitas culinárias, substituindo parte da farinha de trigo convencional, ou consumi-la com moderação junto a frutas, vitaminas, sucos e iogurtes.

Confira essa receita!

Cookie de Chocolate com farinha de coco

Ingredientes

  • 2 ovos
  • 1 ½ xícara de chá de farinha de coco
  • 4 colheres de sopa de óleo de coco
  • 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
  • 1 punhado de castanhas do Pará
  • 1 barra de chocolate 70% cacau
  • 1 colher de chá de essência de baunilha

Modo de preparo

Pique as castanhas do Pará e a barra de chocolate em pedaços bem pequenos utilizando uma faca.

Em um bowl, misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea.

Com a ajuda de uma colher, modele os cookies. Em seguida coloque-os em uma assadeira forrada com papel manteiga e leve ao forno pré aquecido a 180 °C, por aproximadamente 30 minutos.

Depois de pronto, espere esfriar e transfira-os para o recipiente que desejar.

2.Melhora o trânsito intestinal

Já é de grande conhecimento público que as fibras alimentares são capazes de regular o trânsito intestinal. Com a farinha de coco não é diferente. Mas como essas fibras funcionam?

As fibras alimentares, ou fibras dietéticas, podem ser classificadas como fibras solúveis e fibras insolúveis. Na farinha de coco caseira, feita utilizando a casca, elas totalizam cerca de 60% da sua composição, sendo em média 56% insolúveis e 4% solúveis.

As fibras insolúveis presentes na farinha de coco com casca possuem efeito mecânico em sua ação fisiológica, provocando o aumento do bolo fecal, acelerando o tempo de trânsito intestinal. Por isso, é um poderoso alimento para evitar a constipação intestinal.

Já sua porção solúvel ajuda a reduzir o pH no cólon, auxiliando no equilíbrio da microflora intestinal, prevenindo inflamações.

3. Diminui a absorção de colesterol

Considerada um Alimento Funcional, a farinha de coco atua no organismo como Prebiótico, afetando beneficamente o intestino do indivíduo ao estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou mais bactérias no cólon.

No grupo dos principais produtos do metabolismo bacteriano estão os ácidos graxos de cadeia curta, dentre eles o propianato. O propianato é um ácido graxo volátil formador de glicose, sendo captado pelo fígado. Ele é capaz de inibir a enzima 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA redutase, atuando na redução do colesterol ao suprimir sua síntese a partir da Acetilcoenzima A.

4. Pode influenciar no desempenho físico

A farinha de coco, além de muitas outras características, dispõe de um perfil lipídico diferenciado. Isso porque possui em sua composição triglicerídeos de cadeia média (TCM). Os TCM possuem rápida digestão, pois são quebrados em ácidos graxos de cadeia média (AGCM) no intestino delgado, que são absorvidos pelas células epiteliais do intestino rapidamente.

Dessa forma, a farinha de coco é uma fonte rápida de energia, fornecendo cerca de 8 kcal por grama. Além disso, os TCM não se armazenam no organismo, promovendo a diminuição de gordura corporal. Portanto, a farinha de coco parece ser adequada para atletas que realizam exercícios físicos de endurance.

O principal componente lipídico da farinha de coco é o ácido láurico, um AGCM. Essa substância possui ação antimicrobiana, ao ser convertido em monolaurina no organismo. Além disso, o ácido láurico possui efeito imunoprotetor, inibindo inflamações musculares.

5. Previne e auxilia no controle do diabetes

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Diabetes Mellitus já atinge 16 milhões de brasileiros, e sua taxa de incidência cresceu 61,8% nos últimos dez anos. Esses dados refletem um grande problema de saúde pública, estando sujeitos a um aumento ainda maior devido à falta de informação da população sobre a doença e exposição aos fatores de risco.

O Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença caracterizada pela resistência à insulina, fazendo com que ela não consiga exercer sua função adequadamente. Sua etiologia ainda é muito discutida, mas sabe-se que alguns fatores podem contribuir para o surgimento da doença, como o sedentarismo, obesidade e ingestão calórica excessiva.

A farinha de coco, por ser um alimento fonte de fibras solúveis, possui a capacidade de reduzir a absorção de glicose no intestino delgado, apresentando efeitos benéficos na glicemia e metabolismo lipídico. Já a porção de fibras insolúveis da farinha de coco agem na saúde intestinal, saciedade e consequentemente no controle de peso.

6. Auxilia na prenvenção do Câncer de colon

O câncer colorretal é um dos mais acometidos no mundo e, dentre suas múltiplas origens, pode-se incluir a exposição a fatores de risco como: obesidade, dietas com alto consumo de gorduras saturadas associada a baixo consumo de frutas e hortaliças e presença de doença inflamatória crônica intestinal.

As dietas imunomoduladoras são ricas em imunonutrientes capazes de modular a função imunológica. Dentro desse grupo encontram-se os prebióticos, que são ingredientes nutricionais não digeríveis, e favorecem o desenvolvimento da microbiota benéfica.

Por possuir fibras prebióticas em sua composição, a farinha de coco é capaz de gerar ácidos orgânicos e ácidos graxos de cadeia curta no intestino (acetato, propianato e butirato). O butirato, além de fornecer energia para as células da mucosa colônica, também é capaz de inibir o crescimento de células tumorais ao afetar a diferenciação e apoptose dos colonócitos.

O prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos ao promover a microbiota benéfica, reduzindo inflamação, aumentando a função imune e reduzindo a síntese de enzimas pró-carcinogênicas. Esses efeitos parecem ser potencializados ao associar seu consumo com alimentos contendo probióticos.

Assim, o consumo de farinha de coco como fonte de fibras prebióticas pode ajudar oferecendo efeito protetor contra o carcinoma de cólon.

7. Não afeta na absorção de minerais

O ácido fítico é um composto bioativo, que possui propriedades benéficas, porém exerce efeito quelante em relação a alguns minerais, como cobre, zinco, ferro e cálcio. Assim, age diminuindo a biodisponibilidade desses minerais no organismo.

O ácido fítico está presente em diversos tipos de alimentos que podem ser utilizados como farinhas, como as de castanhas, nozes, linhaça, trigo, aveia etc. Porém, não está presente na farinha de coco, o que a torna livre desse fator anti nutricional.

Concluindo!

A farinha de coco possui incríveis benefícios, que a tornam um poderoso alimento para a saúde e um excelente coringa na criação de receitas culinárias.

Vale lembrar que uma dieta balanceada é essencial, uma vez que nenhum alimento sozinho é capaz de fornecer todas as necessidades do organismo.

Confira as opções de farinha de coco em nosso site e insira esse importante alimento em seu dia a dia!

Referências:

  1. Trinidad TP. Glycamic index of different coconut (Cocos nucifera)-flour products in normal and diabetic subjects. British Journal of Nutrition. 2003; 90:551-556.
  2. Trinidad TP et al. Dietary fiber from coconut flour: A functional food. Innovative Food Science & Emerging Technologies. 2006; 7(4):309-317.
  3. Howarth NC et al. Dietary fiber and weight regulation. Nutr Rev. 2001; 59(5):129-139.
  4. Pimentel I. Taxa de incidência de diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos. Texto de apoio didático, FIOCRUZ, 2018. Disponível na internet através do endereço eletrônico: https://portal.fiocruz.br/noticia/taxa-de-incidencia-de-diabetes-cresceu-618-nos-ultimos-10-anos
  5. Bernaud FSR, Rodrigues TC. Fibra alimentar – Ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013; 57(6):397-405.
  6. Moreira AA et al. Teor de ácido fítico em cultivares de soja cultivados em diferentes regiões dos estados do Paraná e São Paulo. Alim. Nutr. 2012; 23(3): 393-398.
  7. Gomes RV, Aoki MS. A suplementação de triglicerídeos de cadeia média promove efeito ergogênico sobre o desempenho no exercício de endurance? Rev Bras Med Esporte. 2003; 9(3):154-161.

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