Chá de hortelã: Seus benefícios e como fazer para emagrecer

A família Lamiaceae (Labiatae) da qual se destaca a espécie vegetal Mentha x villosa Huds. (hortelã rasteira) possui cerca de 200 gêneros e aproximadamente 3.200 espécies em todo o mundo. É originária da Ásia, atualmente cultivada em todo o mundo.

A hortelã (Mentha) com o tempo foi adotada para muitas áreas como a aromaterapia, a fitoterapia, a perfumaria, a medicina, a homeopatia e a culinária.

É conhecida popularmente como hortelã, no entanto, corresponde a várias espécias, sendo a mais utilizada a hortelã-pimenta (Mentha piperita), considerada matriz de todas as variedades cultivadas.

Além dela, existem a hortelã-verde (Mentha spicata) e o Poejo (Mentha pulegium), ambas com propriedades muito parecidas.

As espécies e subespécies de Mentha não variam muito na composição dos grupos químicos, ocorrendo maior variação nos compostos específicos.

É utilizada como tempero em inúmeros pratos, como planta medicinal em infusão e também fornece óleos essenciais que podem ser extraídos da planta.

Todas as hortelãs apresentam em suas folhas as vitaminas A, B e C; e muitos minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio), além de exercerem ação tônica e estimulante sobre o sistema digestório.

Benefícios do chá de hortelã

  • Ajuda nos processos digestivos

A hortelã é eficaz na melhora da má digestão, além de diminuir cólicas em geral (intestinais e menstruais), náuseas e flatulências.

Exercem ação tônica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de propriedades antissépticas e ligeiramente anestésicas. Nas dores abdominais, tomar um copo de leite aquecido com algumas folhas de hortelã.

  • Alivia náuseas e vômitos

Por possuir ação antiespamódica acalmam ou neutralizam as contrações involuntárias dos músculos. Dessa forma, ajudam a aliviar as náuseas e vômitos.

Além disso, as propriedades analgésicas do chá ajudam a acalmar e relaxar os músculos do estômago e do intestino.

  • Fortalece o sistema imunológico

O hortelã é rico em micronutrientes e compostos importantes para o fortalecimento da imunidade.

  • Melhora dos sintomas de gripes e resfriados

A “hortelã-pimenta”, a mais valorizada de todas da família, é ótima contra sinusite, dores de cabeça e
gripes.

Favorece a expulsão dos catarros e impede a formação de mais muco. O gargarejo alivia dores de garganta e o chá é indicado para melhora das gripes e resfriados.

  • Reduz o mau hálito

Tem efeito refrescante e ajuda a manter o bom hálito. Além disso, o consumo regular do chá ajuda a amenizar possíveis odores que venham do estômago.

  • Efeito relaxante

Possuem efeito calmante e diminuem os níveis de fadiga e ansiedade. É bom contra dores de cabeça e dores musculares.

Chá de hortelã para emagrecer

O chá de hortelã estimula as enzimas digestivas que são responsáveis pela absorção de nutrientes e pela transformação de gordura em fonte de energia.

Outro ponto positivo dessa erva é que é uma bebida diurética, o que ajuda na eliminação de toxinas do organismo e, quando isso acontece, o inchaço abdominal reduz.

O seu consumo deve ser regular e o ideal é que seja após as refeições, em torno de 2 horas depois, para não atrapalhar a absorção de vitaminas e nutrientes do seu corpo.

Nesse caso é importante lembrar que o chá age apenas como um auxílio no processo de emagrecimento, para que haja efeitos significativos é necessário uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares.

Usos do hortelã

É usada para dar sabor e odor a remédios, produtos cosméticos e guloseimas.

A hortelã tem muitas utilidades, podendo ser aproveitada através das suas folhas frescas, secas ou nas tinturas.

Tanto na medicina como nas práticas caseiras da medicina popular, as folhas são usadas na forma de chá (infusão), para os casos de má digestão, náuseas, azia e gases.

O chá gelado de hortelã é excelente para melhorar náuseas e vômitos, já o chá morno pode ser usado em gargarejos e bochechos nas inflamações das gengivas e boca.

É muito comum encontrar a hortelã associada ao preparo de alguns alimentos servindo de tempero, pois é fornecedora de um delicioso sabor.

A planta medicinal hortelã possui constituintes amargos que uma vez administrados, aumentam o apetite e melhoram a digestão, por estimularem principalmente a secreção do suco gástrico.

Já o óleo essencial de hortelã esfregado sobre as têmporas, testa e pescoço aliviam as dores de cabeça.

Em um estudo foi constatado que o hortelã possui altos teores de sódio e potássio, o que justifica a sua utilização nas afecções do trato respiratório.

Como fazer o chá de hortelã

Seu preparo pode ser feito de três formas: cocção, infusão e decocção. Porém, a infusão é a forma mais comum de preparo.

Para o chá é indicado 10 gramas (2 colheres de sopa) da erva seca para 1 litro de água fervente por 15 a 20 minutos.

Coar e consumir de preferência sem açúcar.

O ideal é consumir de 2 a 3 xícaras de chá de hortelã por dia.

Contraindicação

Não se deve prescrever o óleo essencial de hortelã puro por via interna durante a gravidez, no aleitamento materno, para crianças menores de 6 anos, para pessoas com úlceras e gastrites, e em doenças intestinais graves e doenças neurológicas.

O óleo essencial deve ser administrado internamente em cápsulas com revestimento entérico, para não causar azia.

Em pessoas sensíveis, pode causar nervosismo, insônia e dermatites de contato.

Referências:

  1. PINHEIRO, V. C. S.; DEFANI, M. A. Revisão bibliográfica das propriedades e potencialidades da planta medicinal hortelã (Mentha x villosa Huds). Maringá-PR. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2110-8.pdf
  2. JUNIOR, H. P. L. LEMOS, A. L. A. Hortelã. Diagn. Tratamento. 2012;17(3):115-7. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2012/v17n3/a3102.pdf
  3. Literatura de hortelã. Naturell Indústria e Comércio Ltda. Disponível em: http://naturell.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Literatura_Hortel%C3%A3_pimenta.pdf
  4. RIBEIRO, E. I. S.; et al. O uso de fitoterápicos como auxílio no tratamento de enfermidades do trato digestório. Id on Line Rev. Psic. v. 11, n. 37. 2017. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/799/1169

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