O que é e para que serve o Zinco e quais seus benefícios na saúde

O Zinco é um mineral de fundamental importância para o adequado funcionamento de muitas espécies, inclusive a nossa!

Assim como os macronutrientes, as vitaminas e minerais (micronutrientes) também desempenham funções vitais no corpo humano.

Neste post vamos discutir o que é e para que serve o Zinco e quais seus benefícios na saúde humana.

O que é o Zinco?

O zinco é um mineral que se encontra amplamente distribuído em todo o corpo humano, porém em pequenas concentrações. Apesar da quantidade, a sua deficiência está relacionada a doenças graves que surgem em sua grande maioria em função da deficiência alimentar, presença de compostos que impedem ou dificultam a absorção dos alimentos, distúrbios no processo de absorção no trato digestivo ou aumento na excreção pela urina.

Quais as funções do Zinco no corpo humano?

O zinco é necessário para a atividade de mais de 300 enzimas (que são componentes do nosso organismo envolvidas em praticamente todos os processos metabólicos que ocorrem).

Dentre as funções desempenhadas pelo zinco, destaca-se a sua participação nos processos de desenvolvimento, crescimento e defesa imunológica.

Funções nos processos de crescimento e desenvolvimento

O crescimento ocorre por meio da divisão das nossas células, que vão se dividindo, aumentando em número e assim ocorre o desenvolvimento e crescimento. O zinco participa de uma variedade de processos celulares, influenciando esse processo.

Numerosas enzimas associadas à síntese de DNA e RNA – o nosso material genético, responsáveis por definir todas as características de um ser humano, desde físicas àquelas relacionadas à pré disposição para desenvolver algum tipo de doença; e também são responsáveis por todos os processos metabólicos que acontecem dentro de nós – são dependentes de zinco.

Por outro lado, o zinco também está relacionado com outros fatores que influenciam o crescimento, como alguns hormônios.

Nesse sentido, muitos estudos têm sido realizados para avaliar diretamente os efeitos da deficiência deste mineral bem como sua suplementação.

Os trabalhos apontam para o fato da suplementação com zinco apresentar benefícios sobre o crescimento em diferentes estágios de vida. Um aumento na velocidade de crescimento foi observado em bebês, pré-adolescentes e adolescentes com baixa estatura, após suplementação com zinco.

Do mesmo modo, o desenvolvimento cognitivo (relacionado às funções de aprendizado, principalmente) também é dependente, ao menos em parte do zinco, embora o mecanismo ainda não esteja bem estabelecido.

Até então o que é possível afirmar nesse sentido é que o zinco é um dos componentes essenciais do cérebro e está envolvido no desenvolvimento deste órgão, bem como de diversas outras funções do sistema nervoso central, assim, sua deficiência em diferentes estágios da vida levam a diferentes desfechos. Por exemplo, na infância leva a dificuldade de aprendizado e na velhice parece estar associado a alguns tipos de demência e até Alzheimer.

Funções na defesa imunológica

No sistema imunológico o zinco desempenha papel fundamental, pelo fato das células do sistema imune apresentarem altas taxas de renovação, e como vimos anteriormente este mineral está envolvido nos processos de crescimento e desenvolvimento celular, além de estar envolvido nos processos relacionados à organização do nossos material genético.

O zinco pode, ainda, afetar o processo de “ataque” das células do nosso sistema de defesa aos “corpos estranhos” (como vírus e bactérias). A influência direta do zinco no sistema imune acontece devido a este elemento de estimular a atividade de enzimas envolvidas no processo de proliferação e renovação celular.

A deficiência de zinco está relacionada com a atrofia de órgãos e sistemas importantes de defesa como o timo, além de acarretar a diminuição de células com função importantíssima no reconhecimento e captura de vírus e bactérias, como os linfócitos.

Ainda nesse contexto, a deficiência moderada de zinco, notadamente em pacientes com anemia, doença nos rins, doenças do trato digestivo, pacientes com AIDS e crianças com diarréia, pode alterar os sistemas de defesa, favorecendo o aumento de infecções e, conseqüentemente, o risco de morte. Porém, curtos períodos de suplementação podem melhorar a defesa imune de pacientes com estas doenças.

O zinco na Diabetes mellitus

A relação zinco-diabetes pode ser atribuída, de forma geral, à influência deste mineral sobre o metabolismo da glicose.

Além disso sabe-se que em pacientes com diabetes há o risco aumentado para a deficiência de zinco, atribuído, geralmente, às perdas do mineral na urina, diminuição na capacidade de absorção de zinco, além da baixa ingestão via alimentação.

Pelo fato destes pacientes constituírem população de risco para desenvolver a deficiência de zinco, os estudos apontam a necessidade de suplementação deste mineral. No entanto, é importante estar atento para que o suplemento de zinco não venha a prejudicar, interferindo no metabolismo da glicose e no tratamento primário dos pacientes envolvidos.

Recomendações de ingestão e biodisponibilidade

As recomendações diárias de ingestão (RDI) do zinco são de 11mg/dia para homens e 8 mg/dia para mulheres adultas. Em algumas fases da vida, as necessidades deste mineral estão aumentadas, como na gestação, infância, adolescência e em idosos.

Essa recomendação é suficiente para suprir as necessidade diárias e já leva em consideração a biodisponibilidade deste mineral.

O termo biodisponibilidade indica a quantidade de qualquer nutriente ingerido que tem o potencial para suprir as necessidades do nosso corpo à proporção do nutriente que é absorvido e utilizado pelo organismo. Existem diversos fatores que influenciam em um melhor ou pior aproveitamento dos nutrientes. Sendo assim, nem toda quantidade de zinco ingerida pela alimentação é utilizada pelo organismo, pois sua biodisponibilidade pode ser afetada pela dieta, no processo de absorção intestinal ou já na circulação sanguínea.

Benefícios do zinco sobre a saúde humana

Além de estar associado à manutenção da saúde e prevenção de algumas doenças como foi citado acima, ao zinco, ainda podem ser atribuídos outros benefícios tais como:

Equilíbrio hormonal

O zinco é considerado benéfico para a fertilidade, por desempenhar um papel importante na produção de hormônios; incluindo no aumento natural da testosterona, que é importante para homens e mulheres.

Ele afeta os hormônios sexuais femininos e está envolvido na produção e liberação dos óvulos.

O zinco é essencial para a produção de estrogênio e progesterona nas mulheres, hormônios indispensáveis para a saúde reprodutiva.

Zinco e perda de peso

O zinco desempenha um papel importante na perda de peso em indivíduos obesos.

Constantemente podemos encontrar novos estudos que relacionam o zinco à diminuição do apetite, o que por sua vez evitaria o excesso de ingestão de alimentos.

Isto está relacionado com a influência que este mineral tem sobre a grelina, um hormônio que diz ao corpo quando se deve comer.

Combate o Diabetes melitus

Assim como ocorre com a regulação dos hormônios sexuais, o zinco também auxilia na regulação da insulina, que é o principal hormônio envolvido na regulação do açúcar no sangue. Nos diabéticos a liberação deste hormônio está em desequilíbrio.

Este mineral auxilia para que a insulina seja armazenada e liberada de forma correta.

Saúde Do Coração

Ele é importante para manter a saúde cardiovascular. Responsável por reduzir a inflamação e o estresse oxidativo.

O endotélio, que é a camada de células que revestem os vasos sanguíneos; depende parcialmente do zinco para manter as suas funções.

É necessário uma quantidade certa de zinco no organismo, para auxiliar na manutenção do endotélio.

O fluxo adequado do sangue pelas veias e artérias também depende do zinco, uma vez que ele auxilia no controle da pressão arterial. Além disso, ele também ajuda a manter os níveis do mau colesterol (LDL) controlados, e a evitar que as artérias fiquem obstruídas ou danificadas.

Prevenção de Diarreia

A deficiência deste micronutriente pode causar problemas digestivos crônicos e diarreia. O uso de suplementos de zinco ajudam a combater esse mal.

Fígado em dia

O zinco parece auxiliar na “desentoxicação” do fígado, já que reduz a inflamação deste órgão, além de reduzir os danos dos radicais livres, auxiliar na absorção de nutrientes e na eliminação de resíduos de forma adequada.

Dessa forma, manter a saúde do fígado é essencial para garantir que ele continue exercendo as funções normais.

Reparação e crescimento muscular

Ele ajuda o organismo a se reestabelecer e a manter a força no sistema muscular e esquelético.

Auxilia na liberação dos hormônios responsáveis pelo crescimento da massa muscular, e por manter o metabolismo saudável.

Principalmente nos treinos de peso e Treinos de HIIT (Treino de Intervalo de Alta Intensidade).

Zinco e uma digestão saudável

O zinco está envolvido na degradação de carboidratos dos alimentos, que é uma das principais fontes de energia do organismo.

O consumo adequado de zinco ajuda na manutenção do metabolismo, e da energia necessária para o dia.

A falta de zinco prejudica os níveis de energia, e pode contribuir para o surgimento da fadiga crônica.

Saúde capilar

O zinco também é essencial para manter o crescimento capilar saudável, e na reparação do tecido capilar.

Ele ajuda a manter o equilíbrio das glândulas de óleo em volta dos folículos capilares.

A perda de cabelo é um sintoma comum associado à deficiência de zinco.

Porém, é importante manter o nível correto de zinco no organismo, pois o excesso também pode provocar a queda de cabelo.

A alimentação balanceada com alimentos naturais e de verdade traz os benefícios do zinco para a saúde e para que o seu organismo funcione adequadamente.

A terra produz exatamente aquilo que precisamos para manter a boa saúde e a qualidade de vida.

Manter o consumo equilibrado dos alimentos também é importante, pois tudo o que é consumido em exagero prejudica a saúde!

Referências:

  1. Mafra, D.,  Cozzolino, S.M.F. Importância do zinco na nutrição humana.Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 17, n. 1, p. 79-87,  Mar.  2004 .   Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000100009&lng=en&nrm=iso.
  2. Sena, K.C.M., Pedrosa, L.F.C. Efeitos da suplementação com zinco sobre o crescimento, sistema imunológico e diabetes. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 18, n. 2, p. 251-259,  Apr.  2005 .   Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000200009&lng=en&nrm=iso.
  3. Yanagisawa H., Zinc deficiency and clinical practice–validity of zinc preparations. Yakugaku Zasshi,  Mar;128(3):333-9, 2008.
  4. Cheeseman KH, Slater TF. An introduction to free radical biochemistry. Br Med Bull. Jul;49(3):481-93, 1993.

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