Benefícios da semente de girassol e como consumir

As sementes devem ser incluídas em nossa dieta pelo seu potencial nutritivo. Além de serem fontes de gordura insaturada, considerada a “gordura do bem”, também são ricas em fitoquímicos (substâncias antioxidantes), fitoesteróis (auxiliam na saúde cardiovascular), vitaminas, minerais, proteínas e fibras (responsáveis por nos conferirem aquela sensação de saciedade).

Neste artigo vamos conhecer os benefícios da semente de girassol.

A semente de girassol e seus benefícios

As sementes de girassol possuem especialmente: tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), biotina (vitamina B7) e vitaminas A e E. Dos minerais: cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio, selênio e zinco são os mais presentes.

A composição da semente pode variar de acordo com o clima, solo e fertilizantes no cultivo. Porém, é uma semente que se adapta bem a diferentes condições climáticas.

As sementes de girassol são produtoras de óleo e apresentam grande quantidade de ácidos graxos (gorduras) insaturados, especialmente o ácido linoleico (ômega 6) e o oleico (ômega 9). Estes, são ácidos graxos que melhoram a recuperação de células do nosso sistema imunológico que tenham sofrido uma lesão tecidual.

A eficácia dos ácidos graxos essenciais (ômega 3 e ômega 6) em problemas relacionados com lesões de pele provocadas pela diminuição dos níveis dessas gorduras boas na alimentação já foi observado aos longos dos anos. Como exemplo, podemos citar uma melhora expressiva das lesões na pele em decorrência da aplicação tópica.

Explicando melhor…

Podemos obter benefícios de cicatrização através do óleo extraído da semente de girassol. Este óleo confirma-se como a base para que se desenvolvam compostos que irão promover aceleração no processo de cicatrização de lesões de pele e mucosa.

As proteínas das sementes de girassol têm bom perfil de aminoácidos essenciais (aqueles que precisamos ingerir através da alimentação), porém, os níveis do aminoácido lisina são baixos. Por essa razão, é comum que o farelo de girassol seja muitas vezes utilizado em adição ao farelo de soja, que é rico em lisina, mas pobre em outros aminoácidos.

O consumo da semente de girassol, por ser rica em fibras dietéticas, também pode auxiliar na redução do colesterol sanguíneo, na diminuição da incidência de câncer, pressão alta, obesidade e doenças associadas.

Além dos benefícios na prevenção de doenças, e na contribuição da saciedade, as fibras também são importantes nutrientes reguladores do trânsito intestinal, ou seja, ajudam a evitar os sintomas de “intestino preso” e também de diarreias.

É importante que ao longo do nosso dia, tentemos consumir de 25 a 30 gramas de fibras solúveis/insolúveis, sendo a semente de girassol uma ótima alternativa para aumentar o aporte de fibras em nossa rotina.

Não podemos esquecer que o consumo de fibras precisa ser acompanhado de uma ingestão de água suficiente para que não ocorram desconfortos gástricos ou intestinais.

Proteção antioxidante

Os antioxidantes naturais presentes nessa semente incluem os tocoferóis, a vitamina C, os carotenoides e os compostos fenólicos.

Os compostos fenólicos atuam protegendo nosso organismo de diversas maneiras. Estes, conferem defesa contra o ataque de radicais livres, contribuindo assim para prevenção de doenças degenerativas.

O ácido clorogênico é um antioxidante representado pelos compostos fenólicos, e ainda, é o composto fenólico mais amplamente distribuídos entre vegetais.

Uma pesquisa realizada apontou que o ácido clorogênico é o principal composto fenólico presente nas sementes de girassol. O ácido clorogênico também constitui mais de 70% do total dos vários compostos fenólicos presentes no farelo de girassol.

Não podemos esquecer que a capacidade antioxidante desta semente também está relacionada aos minerais zinco e selênio!

Estes minerais, além de serem considerados potenciais antioxidantes, também contribuem para a ação de algumas enzimas que têm a mesma função: a neutralização dos radicais livres.

O estresse oxidativo tem sido amplamente relacionado às fases de iniciação e promoção do processo de progressão do câncer. As enzimas antioxidantes que são dependentes de selênio e zinco, estão em quantidades baixas nas células tumorais.

Existem estudos que evidenciam que a deficiência de selênio é um fator importante de predisposição no desenvolvimento de tumores. As pesquisas demonstram que existe uma relação inversa entre os níveis de selênio no sangue e a incidência de câncer.

Como podemos consumir essa semente?

As sementes são muito versáteis na culinária! Por isso, podemos adicionar a semente de girassol de diversas maneiras em nossa rotina.

Abaixo veremos algumas estratégias para incluir essa semente em nossa alimentação:

  • Lanchinhos rápidos quando consumida juntamente com oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas);
  • Pode ser triturada junto com frutas;
  • Consumida em um mix de frutas secas;
  • Adicionada à barras de castanhas ou cereais caseiras;
  • Fornece um toque especial em uma salada de folhas;
  • Pode ser utilizada como farinha e também óleos;
  • Torrada, com pouco sal e ervinhas, como aperitivo!

Incluir o consumo de sementes no nosso dia a dia fornece várias características nutritivas e confere uma “cara” diferente às nossas preparações.

O importante é usar a sua criatividade e consumi-las da maneira que mais agrada ao seu paladar!

Referências:

  1. Oliveira, Juslene Aparecida, et al. “Avaliação da atividade protetora gástrica do extrato hidroalcoólico da semente de girassol.” Rev Bras Clin Med 8.2 (2010): 129-34. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n2/a008.pdf 
  2. Livro “Nutrição e Destoxificação – Bases Moleculares para a Prática Clínica“. Bello, A.; Faller, A.L.K. (2016). Editora RUBIO.
  3. Sucupira, Natália Rocha, et al. “Métodos para determinação da atividade antioxidante de frutos.” Journal of Health Sciences 14.4 (2015). Disponível em: http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/JHealthSci/article/view/885
  4. Carrão-Panizzi, M. C., and J. M. G. Mandarino. “Girassol: derivados protéicos.” Embrapa Soja-Documentos (INFOTECA-E) (1994).
  5. Giada, Maria de Lourdes Reis. Avaliação da capacidade antioxidante dos compostos fenólicos do cotilédone da semente de girassol (Helianthus annuus L.) rajada. Diss. Universidade de São Paulo (2006). Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-22082017-093259/en.php
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  7. Canuto, Maryana Silva. “Avaliação da capacitade antioxidante e identificação e quantificação de compostos fenólicos de sementes e cascas de novos cultivares de girassol (Helianthus annuus L.).” (2017). Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3021
  8. Bianchi, Maria de Lourdes Pires, and Lusânia Maria Greggi Antunes. “Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta.” Rev Nutr 12.2 (1999): 123-30. Disponível em: https://sites.google.com/site/anatomiapatologicaugf/artigos-de-revisao/RADICAISLIVRESEOSPRINCIPAISANTIOXIDANTESDADIETA.pdf

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